Deus Ama Você!
1. Deus Ama Você!
A Bíblia diz, "Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu Único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna". O problema é que.
2. Todos nós fazemos, dizemos ou pensamos coisas que são erradas. Isto é chamado de pecado, e nossos pecados nos separam de Deus.
A Bíblia diz "Pois todos pecaram e estão separados da glória de Deus..." (Romanos 3:23) Deus é perfeito e santo, e nossos pecados nos separam de Deus para sempre. A Bíblia diz "Pois o salário do pecado é a morte..." (Romanos 6:23) A boa noticia é que a mais de 2000 atrás,
3. Deus enviou Seu único Filho Jesus Cristo para morrer por nossos pecados.
Jesus e o Filho de Deus. Ele viveu uma vida sem pecados e morreu na cruz para pagar o preço por nossos pecados. "Mas Deus demonstra seu amor por nós pelo fato de ter Cristo morrido em nosso favor, quando ainda éramos pecadores." (Romanos 5:8) Jesus ressuscitou da morte e agora Ele vive no céu com Deus Seu Pai. Ele nos oferece o presente da vida eterna -- de viver eternamente com Ele no céu se aceitarmos Ele como nosso Senhor e Salvador. Jesus disse "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim." (João 14:6) Deus te ama e deseja que você seja Seu filho "Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus." (João 1:12) Você pode escolher e pedir para que Jesus Cristo perdoe seus pecados e entre na sua vida como seu Senhor e Salvador.
4. Se você deseja aceitar Cristo, você pode pedir para Ele ser seu Salvador e Senhor confessando pela fé com esta oração:
"Senhor Jesus, Eu creio que Tu és o Filho de Deus e o Salvador do mundo. Obrigado por vir a Terra e morrer para que eu pudesse ter a vida eterna. Por favor perdoe todos meus pecados. Agora eu quero Te seguir e Te servir com minha vida. Por favor envie o seu Santo Espírito e dirija meus passos. Em nome de Jesus , Amem."
Fiel até o Fim
A noite caía, as espessas nuvens formavam uma dança, um balé da natureza, algo indizível. Elas se estendiam no céu formando um tipo de manto cor de chumbo, dando um ar meio tenebroso naquela tarde. Eu estava assentado na varanda de uma pequena casa no alto de um monte, lendo um bom livro e meditando sobre as grandezas de Deus. O contraste do céu, com a beleza das verdejantes paisagens dali, às vezes me faziam suspirar. Era como se cada árvore, cada planta, exultasse em agradecimento pela fina chuva que caía. As pequenas e finas gotículas de chuva formavam em minha frente algo que parecia mais um lençol, da mais fina seda, através da qual ao longe, mas não tão longe, se enxergava uma imensa cadeia de montanhas rochosas, que formavam uma das mais belas paisagens que já presenciei. Com o cair da chuva sobre as imensas rochas, as cores se misturavam e uma cor prata brilhante ganhava vida ao longo da enorme montanha. Diante daquele espetáculo da natureza, lembrei-me de uma simples frase que me chamou a atenção durante a viagem de carro até este lugar maravilhoso. Ela estava escrita no vidro de trás de um carro.
FIEL ATÉ O FIM…
Toda aquela maravilha me fez perceber o quanto Deus é fiel, o quanto é bom, como ele é maravilhoso e gracioso. Eu nunca mereceria estar ali, nunca mereceria presenciar tamanha beleza, mas sua fidelidade é imensa e permitiu que mesmo sem merecer eu presenciasse tamanha demonstração de Amor e Perfeição.
Deixei de lado meu livro por alguns momentos, porque certas palavras insistiam em minha memória. Preciso admitir, no primeiro momento elas não me soaram num tom muito agradável, pelo contrário trouxeram um grande peso de responsabilidade. Meu coração começou a palpitar mais forte e fui forçado a parar e pensar sobre aquilo.
Aquela voz insistente dizia:
E VOCÊ? É FIEL? CONTINUARÁ SENDO FIEL ATÉ O FIM…?
Logo percebi que não era uma voz acusativa, mas mansa e motivadora. Sabia que era Deus, sabia que era o Espírito Santo, sua presença era perceptível, a paz, a alegria que enchia o coração, sim, era o meu Senhor falando comigo!
O conhecido versículo de 2Tm 4. 6-7 me veio à mente.
“Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifico, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combati, completei a carreira, guardei a fé.”
Foi aí que percebi como era grande a diferença entre o local que eu estava e o local onde o apóstolo Paulo estava, quando proferiu essas palavras.
Diferentemente de sua primeira prisão em Roma, onde esteve trancafiado em casa e podia continuar ensinando e falando de Jesus, agora, provavelmente, estava encarcerado numa masmorra. O chão e as paredes gélidas, a pouca iluminação fazia com que sua visão, que alguns historiadores dizem que não era das melhores, piorasse. A umidade aumentava o risco da contaminação de doenças, os dias frios eram um terror, motivo pelo qual o apóstolo pede para que Timóteo levasse sua capa, suas narinas já nem sentiam mais o forte cheiro de excremento humano do local. Nem mesmo seus livros estavam com ele, para que pudesse passar o tempo. Não fosse tudo isso, ainda vivia sobre a opressão da certeza de sua iminente morte.
Sua carta mostra sua melancolia, sua solidão. Paulo se sentia desamparado por seu amigo Demas, que acabou se desviando, seus demais amigos como Tito e Crescente, haviam partido para outras regiões para pregar o evangelho, apenas Lucas, o médico estava o auxiliando. Sentia-se traído por Alexandre, o latoeiro, que lhe causou grandes males. E por fim se sentiu abandonado porque ninguém esteve presente na sua primeira audiência de julgamento.
Que contraste! Senti-me um privilegiado, alguém agraciado por Deus. Mas percebi que apesar das inúmeras diferenças ambientais, sociais, culturais entre nós, precisávamos ter algo em comum. Algo que Paulo apesar de todas as circunstâncias adversas, esbanjava em suas palavras. A certeza de que continuaria firme até o fim.
Ele diz: “Desde agora, a coroa da justiça me está reservada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.” 2Tm 4.8.
Estas palavras mostram uma promessa maravilhosa para todos nós, mas não apenas isso, por detrás da promessa, vejo um homem convicto de seu futuro, convicto de que permaneceria firme, mesmo diante da morte. Aqui vejo um homem, FIEL ATÉ O FIM.
É esta convicção que eu e todos os demais cristãos do mundo precisamos ter, um desejo pré-concebido de permanecer firme. Uma convicção que vai além das circunstâncias da presente existência, uma convicção que transcenda o temporal, e que se fortaleça no sobrenatural, buscando e achando forças no Divino; e nas coisas que nos são divinamente prometidas. Porque estas, são eternas.
Não é uma convicção subsidiada apenas no intelecto, advinda de muitos esquemas teológicos ou estudos sistemáticos. Nem tão pouco é o emprego da força de vontade humana para se alcançar tal convicção. Esta convicção não está ligada com o esforço humano no sentido de aquisição do mérito espiritual por algum rito ou ritual, por algum ato de bondade ou generosidade, ou por quaisquer meios humanos de conquistar através do seu suor aquilo que é inconquistável. Pois esta convicção não está naquilo que fazemos, mas sim naquilo que Cristo fez por nós, concedendo-nos graça e capacitação através do Espírito Santo para podermos permanecer fiéis.
Se não fosse sua infinita graça, ainda que buscássemos nunca o acharíamos, e ainda que quiséssemos ser de alguma forma fiéis nunca conseguiríamos, não fosse essa força avassaladora que impulsiona o verdadeiro Cristão a fazer a vontade de Deus; o maravilhoso Espírito de Deus.
Portanto convicto naquilo que Cristo fez pela humanidade na Cruz do Calvário, assim declaro, que serei fiel até o fim. Independentemente das circunstâncias da vida, sejam elas adversas, sejam elas favoráveis, seja nos momentos de alegria, seja nos momentos de angustia, seja no alto de um monte, diante de um maravilhoso espetáculo da natureza, seja em uma masmorra fria e gelada, o meu coração estará sempre firmado em Cristo Jesus, verdadeira esperança para humanidade.
Sérgio Roberto de Abreu Júnior
Falando sobre Prosperidade
Falando de prosperidade, estou cansado de ouvir pregações acerca deste tema, o uso e abuso de definições sobre o assunto, a crescente interpretação de textos sagrados na tentativa de provar que prosperidade significa cifrões, casas, carros, empresas, empregados e varias outras soberbisses da vida humana, já me causam náusea.
Falando de prosperidade, estou cansado de igrejas cheias de pessoas enganadas, “não se pode servir a Deus e a Mamon”, como explicar então a exaustiva procura por dinheiro no templo que é destinado para adoração a Deus?
Falando de prosperidade, estou cansado de comparações fúteis de nosso povo brasileiro com Abraão, Isaque, Jacó, que eram riquíssimos, não agüento mais comparar nossa “brava gente” com Davi, Salomão e qualquer outro “fenômeno” bíblico que conseguiu tecer grandes fortunas. Porque lembrar de alguns poucos e se esquecer de milhares de outros exemplos bíblicos que se assemelham mais com nossa gente, povo sofrido, pobre, roubado, maltratado, mas que ainda sim tem como orgulho impor a mão sobre o coração e cantar em seu hino que somos uma “brava gente brasileira”. E essa gente, como alguns dizem, não “desiste nunca”.
Falando de prosperidade, me recuso a responder pessoas que sentem-se inferiorizadas por não terem um carro do ano, ou por levar seu filho de bicicleta na escola. Recuso-me a sentar-me com pessoas de egos inchados que acreditam ter alcançado o “terceiro céu” por serem donas de empresas bem sucedidas, que acreditam estar mais perto de Deus por ter uma conta bancaria bem recheada, me recuso a assentar-me com os que enchem as cadeiras confortáveis das catedrais levando o pagamento de Deus, como se Deus fosse um fundo de aplicação monetária, que depois de aplicar basta esperar render. Mas sinto-me impelido a ajuntar-me com pessoas humildes, mas que sentem orgulho por aquilo que são e não por aquilo que possuem, sinto-me privilegiado ao sentar-me em um tamborete duro feito de maneira rústica, exposto ao sereno para ouvir o jovem pregador falar sobre “O amor demonstrado na Cruz”. Sinto-me impelido a assentar-me com irmãos ricos, com carros, casas, empresas, empregados, mas que discutem como ajudar outros irmãos, como sustentar novos missionários, homens e mulheres que se constrangem frente ao grande amor de Deus, que fazem desse grande amor o significado de sua busca pelo Altíssimo, homens e mulheres que o seguem porque ele se entregou por nós e não porque ele é o dono do ouro e da prata.
Falando de prosperidade, lembro-me de um jovem filho de um carpinteiro, que andava a pé, que assistiu seus pais pagando a oferta do templo com duas rolinhas, porque eram pobres demais para dar um animal maior, lembro-me de um homem que disse ser filho de Deus, mas que continuava andando a pé, que foi tentado pelo diabo por um pedaço de pão, que vivia entre os pobres, que andava com as prostitutas, que não tinha onde reclinar a cabeça, que foi perseguido, maltratado, tentaram apedreja-lo, foi considerado louco por sua própria família, que precisou pedir a outro para pescar um peixe para tirar o dinheiro de sua boca e pagar o tributo por que não tinha nem uma moeda consigo, ouso falar ainda sobre como nem mesmo um balde para tirar água de um posso ele possuía e teve que pedir água a uma desconhecida, como deu uma ceia em um lugar emprestado, como lavou os pés de seus discípulos com uma bacia que nem mesmo era dele, porque não dizer como entrou triunfante na grande cidade sentado em um jumentinho emprestado, um homem que dizia ser Deus e morreu numa cruz nu e abandonado. De acordo com o que é a prosperidade para alguns este foi um fracassado de acordo com o que é prosperidade pra mim este é o meu Deus.
Falando de prosperidade, me recuso a acreditar que tenha existido alguém mais prospero que o Carpinteiro de Nazaré, porque tendo tudo não quis nada, e tendo nada sempre soube que tinha tudo junto com o Pai.
Falando de prosperidade, vejo que isso não significa o poder que eu tenho de ajuntar, mas prosperidade é o poder que eu tenho para distribuir. A semelhança de Jesus que foi prospero dando vista aos cegos, curando paralíticos, libertando os endemoninhados, alimentando multidões, andando sobre as águas, acalmando tempestades, dando vida aos mortos, salvando a humanidade, sentando-se a destra de Deus Pai.
Falando de prosperidade, me recuso a buscá-la se esta não for a mesma que houve em Cristo Jesus.
Soli Del Gloria
Não Quero Ser Como o Zaqueu Que Sobe, mas como o que Desce
Não quero ser como o Zaqueu que subiu na árvore! Não quero subir o mais alto que eu puder, nem tentar chamar Sua atenção. Não, eu não quero!
Não quero todos os dias viver o afã de ter que chamar a atenção de um deus distante, um tipo de Zeus, ou qualquer outro deus do imenso panteão, que obriga suas criaturas a viverem opressivamente ligados a uma busca desvairada para serem aceitos, percebidos, afim de receberem uma benção especial.
Foi este tipo de pensamento que permeou os rincões da idade média, que encastelou o evangelho, que criou os monges, homens afim de chamar a atenção de Deus. Homens que não compreendiam a graça, mas que na tentativa de chamar a atenção de Deus, se martirizavam, se chicoteavam, vivam isolados. Foi este pensamento que permeou a mente dos cruzados, que lutavam, batalhavam, na tentativa de chamar a atenção de Deus, vale lembrar promessa esta feita pela própria igreja. Este tipo de pensamento permeou o tempo de Lutero, que se levantou contra está idéia, por isso fixou 95 teses na porta da capela de Witemberg, contra as indulgências. Não é atoa que a base da teologia medieval foi a dos méritos.
Não quero ser mais um curioso, que ouve a respeito das maravilhas de Cristo, mas que tende observá-lo de longe. Não quero ser um observador, este não é o convite de Cristo, seu convite sempre foi, vem e segue-me!
Biblicamente falando o interesse de Zaqueu nunca foi chamar a atenção de Jesus, mas sim simplesmente vê-lo passando. Zaqueu é um simples homem como qualquer um de nós. Não pode chamar a atenção de Deus, ninguém pode. A bíblia narra uma historia única de um Deus que busca a criatura é a criatura que se esconde de Deus. Não foi o que Adão e Eva fizeram? Não foi Deus quem foi procurá-los, ou será que Deus não sabia onde estavam? Claro que sim, mas Deus insiste em sempre dar o primeiro passo em seu relacionamento com o homem e não o contrário. Isto se chama graça.
Jeremias já dizia que nossas obras e tudo mais que fazemos são para Deus como um trapo de imundícia, Paulo por sua vez em Romanos diz não há ninguém que busque a Deus.
Ninguém pode buscar a Deus se Deus não se revelar a ele primeiramente. Se existe alguma coisas em algum homem que chame a atenção de Deus este alguém deve ser desprovido de pecado, porque Deus não compactua com o pecado, fato pelo qual nosso Senhor Jesus precisou morrer no alto da Cruz do Calvário. Se há algo em mim que chama a atenção de Deus então já não sou querido por causa de sua Graça, mas por algum tipo de mérito próprio.
Que mérito temos nós? Que diremos se a bíblia diz que todos pecaram? Sendo assim somos todos reféns desta graça maravilhosa, graça que não merecemos, não há mérito, se existir mérito então não existe graça.
Graça que fez com que Jesus olhasse para Zaqueu, um publicano, um pecador. Graça que fez a grande proposta para aquele pequeno homem, não para que ele subisse, mas para que ele descesse. Uau! Será que um homem com a reputação de Zaqueu poderia chamar a atenção de um Deus santo? Será que eu posso através de algum esforço humano chamar a atenção deste Deus santo, que virou as costas para seu filho unigênito quando o mesmo recebeu o meu pecado? Se Deus não pôde olhar para Jesus no alto da Cruz será que eu poderia chamar a atenção dele? Acho que não!
Se Deus olhou para o homem, não é por causa de algum tipo de mérito próprio de algum individuo, seja ele qualquer que seja, se Deus olhou para o homem foi por causa de um sentimento pulsante dentro de seu coração, um amor tremendo manifesto através da sua Graça.
Sendo assim não sou eu quem chamo a atenção de Deus, mas Deus quem chama minha atenção. Chama minha atenção através de sua criação, chama minha atenção através de sua palavra, ele chama minha atenção.
Pastor Sérgio Roberto de Abreu Júnior
Porque Sou Cristão
Há algo mais importante na vida do que se ter uma identidade definida? Identidade é aquilo que somos realmente. Ela diz de onde viemos, ou seja, nosso ponto de partida. Ela nos integra à sociedade da qual fazemos parte nos dando direitos e deveres como cidadãos. Ela diz para outras pessoas quem somos, cria em nós raízes que fixam o nosso coração a uma história passada que faz parte da nossa, e que juntas montam o quebra cabeça de nosso caráter.
Ser cristão é mais do que um simples titulo religioso que nos distingue de tantos outros grupos religiosos. É mais do que uma nomenclatura dada a um participante de um grupo distinto, seguidor de uma filosofia com fundamentos religiosos rudimentares.
Porque sou Cristão? Porque é olhando para Cristo que descubro quem realmente sou. Descubro que minha origem não está em um poder cósmico qualquer, ou no simples ato do acaso. Ao contrário; tenho uma origem. Essa origem é o coração do próprio ser divino que antes mesmo do meu nascimento já havia sonhado, feito planos, observado e guardado minha vida.
Porque sou Cristão? Porque olhando pra Cristo, percebo que não estou alheio, mas integrado a uma pátria, uma sociedade, a qual através dele e de seu ato redentor no alto da cruz, no Calvário, recebi gratuitamente. E como membro de qualquer outra partia sou munido de direitos e deveres, que atestam que realmente sou parte integral desta pátria.
Porque sou Cristão? Porque em Cristo me é desvendado os olhos para uma história integral e integrante. Assim descubro que minha vida não é um lapso no espaço tempo, mas que toda a história humana, em Cristo, se integra à minha história e percebo que não é apenas a minha história que necessitava de um redentor, mas a história humana necessitava de um redentor. E com isso percebo que minha história se integra com a historia humana e essa história não teria um final feliz, se em um dado momento da historia humana Cristo não tivesse vindo ao mundo, para que hoje minha história pudesse ter sido mudada.
Porque sou Cristão? Porque nas muitas tentativas de conseguir descobrir quem sou, fiquei cada vez mais perdido e longe da verdade eterna e singular que define a humanidade do ser humano, e que transcende o humano e toca o Divino, decorrente de uma espiritualidade verdadeira. Na busca por essa verdade, fui atrás dos livros e do conhecimento, fui seduzido pelo poder, capitalista no qual jaz nosso mundo, acreditei que a verdade era a felicidade e me enveredei no hedonismo, na busca pelo transcendente, me tornei um espiritualista, na busca pela religião, me tornei um religioso, mas em tudo isso me faltava a verdade. Todavia, no desespero de uma carreira sem futuro, num mundo de meias verdades, descobri que a verdadeira verdade que buscava, não está no teor teórico de alguma filosofia milenar, ou na espiritualidade espiritualista, ou na religiosidade da religião e nem mesmo no poder advindo do capital capitalista. A Verdade que buscava não estava escondida, mas sim personificada, no Divino encarnado. E reluzia pra mim do alto de um madeiro de tal maneira que ao me deparar com ela, mal podia vê-la, acostumado com a escuridão da ignorância meus olhos doíam ao ver a luz da verdade, mas aos poucos fui-me acostumando e essa verdade me libertou da escuridão em que outrora jazia sem luz.
Porque sou Cristão? Porque Cristo se identifica comigo. Ao sair de sua glória e vir habitar entre nós ele se identificou conosco, sentiu o que sentíamos, a sede, a dor, o cansaço, o medo, a tentação, ele sabe o que eu sinto. Porque sou Cristão? Porque na cruz, Jesus tomou o meu lugar, pagou o preço do pecado que era meu. E porque Cristo se identifica comigo, cria em mim também uma identidade, a identidade Cristã. E nele minha vida ganha sentido existencial, deixando de ser simplesmente um mero acaso da natureza, para se tornar um projeto Divino, maravilhoso, pois a minha identidade traspassa a natureza do próprio ser Divino que agora habita em mim transformando minha natureza humana, carnal em algo espiritual, ou seja, não aqui, mas quando o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade e o que é mortal de imortalidade, e isso significa que minha identidade em Cristo é também eterna, porque através dele tenho vida abundante e eterna.
Porque sou Cristão? Porque em Cristo posso ser eu mesmo, segundo o projeto inicial de Deus para o qual fui criado, pois se deixo de cumprir o papel da minha criação, automaticamente também perdi minha identidade existencial, mas se Cristo restaura isso em mim, se quero ser eu mesmo, já não posso mais viver sem ele. Por isso sou Cristão!
Pastor Sérgio Roberto de Abreu Júnior